Guerras e Rumores de Guerra, Uma Reflexão Necessária

Mateus 24:6 ante os conflitos bélicos de nossos dias

Em Mateus 24, Jesus oferece um discurso profético aos seus discípulos sobre os eventos que precederão sua volta e o fim dos tempos. Entre os sinais mencionados, destaca-se a presença de “guerras e rumores de guerras” (Mateus 24:6). Essa realidade, presente desde a história humana, levanta questionamentos sobre seu significado e implicações para os cristãos.

Analisando o Texto em Mateus 24:6

  • “Ouvireis de guerras e rumores de guerras”: A palavra grega para “guerras” (polemoi) se refere a conflitos armados entre nações ou grupos, enquanto “rumores de guerras” (akouete polemon) indicam notícias ou especulações sobre tais conflitos. Jesus reconhece que a guerra é uma realidade presente no mundo, e que notícias sobre ela causarão apreensão.
  • “Olhai, não vos assusteis”: Apesar da inevitabilidade das guerras, Jesus adverte seus seguidores para não se deixarem dominar pelo medo. Essa exortação ao não temor se baseia na confiança em Deus e em sua soberania sobre a história.
  • “Porque é necessário que isso tudo aconteça”: Jesus utiliza a palavra “dei” (necessário), que indica um plano divino pré-determinado. Isso não significa que Deus seja o autor da guerra, mas sim que Ele permite sua ocorrência dentro de seu plano maior.
  • “Mas ainda não é o fim”: As guerras e rumores de guerras, embora preocupantes, não marcam o fim definitivo da história. Jesus as coloca como sinais que antecipam sua volta, mas não como o evento final em si.

Significado e Implicações para os Cristãos

  • A Guerra como Realidade do Pecado: A guerra é consequência do pecado e da rebelião contra Deus que permeiam a humanidade (Tiago 4:1-3). Ela representa a ruptura da paz e da harmonia que Deus originalmente estabeleceu.
  • Discernimento e Vigilância: Diante da realidade da guerra, os cristãos são chamados ao discernimento e à vigilância. Devem estar atentos às notícias e eventos, mas sem se deixarem levar pelo medo ou pela ansiedade.
  • Fé e Esperança em Deus: A fé em Deus e em sua promessa de um futuro novo e pacífico (Apocalipse 21:1-4) deve ser a fonte de esperança e força para os cristãos em tempos de guerra.

Visões de Autores sobre Guerras e Rumores de Guerras

  • Comentário de John MacArthur: “Jesus não está minimizando a seriedade da guerra, mas sim colocando-a em perspectiva. Ele está dizendo que, embora a guerra seja terrível, ela não é o pior que pode acontecer. O pior que pode acontecer é rejeitar a Deus e Sua salvação.”
  • Livro “Guerras e o Fim dos Tempos” de David Jeremiah: “As guerras e rumores de guerras são apenas um dos sinais que Jesus deu sobre sua volta. Eles não são um sinal de que o fim está próximo, mas sim um lembrete de que vivemos em um mundo caído e que precisamos estar preparados para a volta de Cristo.”
  • Artigo “O Significado de Guerras e Rumores de Guerras” de GotQuestions: “As guerras e rumores de guerras servem como um lembrete de que o mundo em que vivemos não é perfeito e que precisa ser redimido. Elas também servem como um chamado para os cristãos viverem com esperança e expectativa da volta de Cristo, quando a paz e a justiça finalmente prevalecerão.”

Conclusão

As guerras e rumores de guerras, embora preocupantes, não devem desanimar ou amedrontar os cristãos. Ao contrário, devem servir como um lembrete da necessidade de fé, esperança e vigilância. A confiança em Deus e em sua promessa de um futuro novo e pacífico em Cristo deve ser a fonte de força e perseverança para os crentes em meio às turbulências do mundo.