Este Secretário da EBD é o tipo de pessoa que acredita que “perfeição” é a mínima expectativa quando se trata de trabalho para Deus.
Era uma manhã de domingo, aparentemente como qualquer outra, na querida Igreja Assembleia da Verdade. As classes da Escola Bíblica Dominical estavam em pleno funcionamento, e o protagonista do dia, Pedrinho – secretário da EBD, estava em sua mesa. Ele é o tipo de pessoa que acredita que “perfeição” é a mínima expectativa quando se trata de trabalho para Deus. Seus colegas costumam brincar que ele conseguiria fazer até os números dançarem em uma planilha de Excel. E foi exatamente o que ele fez!
Após meses de anotações rigorosas e coletas meticulosas dos dados de frequência, Pedrinho se propôs a um projeto ousado: compilar um relatório de chamadas de cada classe da EBD. Nada escaparia do seu olhar atento. Ele reuniu dados de presença, média de frequência, comparativos semanais e até criou gráficos e tabelas com cores para tornar a leitura mais acessível e interessante. Ele dedicou suas madrugadas a essa missão, e, por fim, seu trabalho estava concluído. Sem dúvida, o resultado era uma obra de arte administrativa.
O Dia da Revelação
Em uma manhã de domingo, após a oração inicial da EBD, o secretário da EBD (Pedrinho) pediu um momento para apresentar seu relatório. A liderança, a congregação e os alunos estavam curiosos e animados para ver a tão falada apresentação. Logo no início, a tela do projetor revelou uma introdução caprichada, cheia de dados visuais e gráficos detalhados. Mas a real surpresa viria depois dos primeiros slides.
Conforme o relatório avançava, ficou evidente uma informação que poucos esperavam: o percentual de frequência dos obreiros e líderes. Sim, o secretário teve o cuidado de incluir a frequência individual de todos os membros das lideranças de departamentos e dos obreiros da igreja. A surpresa foi crescendo à medida que cada gráfico mostrava, sem rodeios, a verdade nua e crua. Alguns líderes tinham uma taxa de presença que mal ultrapassava 30%, enquanto alguns membros mais assíduos chegavam a 90% de participação. Era impossível ignorar: o relatório mostrava claramente quem estava “dando exemplo” e quem não estava.
A igreja ficou em silêncio. Os sorrisos discretos e o ar de incredulidade começaram a tomar conta do ambiente. O pastor, visivelmente constrangido, tentava disfarçar o desconforto. Havia líderes de ministérios ali que, nitidamente, faltavam mais do que participavam da Escola Dominical.
O Impacto do Relatório
A reação da igreja foi mista. De um lado, os professores de classe e alunos fiéis sentiram-se validados e incentivados pelo reconhecimento de suas presenças. Do outro, líderes que geralmente eram vistos como exemplos de dedicação sentiram o peso de um relatório que não os favorecia. O secretário da EBD, por sua vez, continuava tranquilo. Ele não estava ali para julgar ninguém, apenas para apresentar os números.
Esse “relatório revelador” se espalhou pela igreja, e não demorou para que a frequência da EBD começasse a aumentar. Até os obreiros e líderes passaram a marcar presença com mais consistência. Afinal, ninguém queria ser visto como um frequentador ausente na “arte” gráfica do secretário da EBD. Esse impacto inesperado mostrou que a transparência em dados pode trazer um verdadeiro despertar para a igreja.
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