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Lição 09 – Promessas Para Pais e Filhos – Adultos CPAD – 4º Trimestre 2024

Box Apologético Lobos Entre as Ovelhas
Aprendizado Profundo - Instruções Claras para Defender e "Atacar" com a Verdade

Comentário Exegético Profundo da Leitura Bíblica em Classe (Salmos 127:3-5; Efésios 6:1-4)

Salmos 127:3 – Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

Contexto Histórico e Teológico

Este salmo, atribuído a Salomão, é classificado como um Cântico de Romagem, cantado pelos peregrinos a caminho de Jerusalém. O tema central é a dependência de Deus em todas as esferas da vida, incluindo o trabalho, a segurança e a família. O versículo 3 destaca a bênção divina na perpetuação da linhagem, enfatizando que os filhos não são apenas uma consequência biológica, mas um presente divino.

Na cultura israelita, os filhos eram considerados uma bênção essencial. Eles representavam a continuidade do nome da família, segurança econômica (particularmente na velhice), e a manutenção da aliança com Deus através das gerações. Assim, o salmista eleva a percepção cultural dos filhos como um dom de Deus, em oposição à visão meramente utilitária ou naturalista.

Palavras-chave no Hebraico

1. בָּנִים (banim) — “Filhos”

  • Significado: O termo banim refere-se não apenas aos descendentes biológicos, mas também aos herdeiros espirituais e culturais. Na mentalidade hebraica, os filhos eram a continuação da história da família e participantes das promessas de Deus.
  • Aplicação: No contexto da Escola Dominical, banim pode ser aplicado ao discipulado espiritual. Professores e alunos são chamados a ver os filhos, naturais ou espirituais, como portadores das promessas de Deus (cf. Provérbios 22:6). Esta perspectiva reforça o compromisso de educar as crianças nos caminhos do Senhor.

2. נַחֲלָה (nachalah) — “Herança”

  • Significado: Nachalah denota uma possessão ou porção atribuída por Deus, enfatizando que os filhos são um legado divino, dado não como algo possuído, mas como uma responsabilidade a ser administrada.
  • Aplicação: Professores e pais na Escola Dominical devem entender que Deus confiou os filhos ao cuidado humano. Eles são “emprestados” por Deus para serem moldados conforme os princípios do Seu Reino (cf. Deuteronômio 6:6-7). A responsabilidade de guiar esta herança para Deus é um chamado solene.

3. שָׂכָר (sachar) — “Galardão”

  • Significado: Este termo se refere a um pagamento ou recompensa, apontando para o valor que Deus atribui à vinda de filhos ao mundo, visto como uma retribuição à fidelidade ou ao cumprimento de Seu propósito.
  • Aplicação: A palavra sachar ensina que os filhos são um presente recompensador. Na prática pedagógica, este conceito pode ser usado para valorizar as crianças e adolescentes na igreja como verdadeiros tesouros de Deus, dignos de investimento espiritual e emocional.

Aspectos Teológicos e Culturais

  1. Teologia do Dom
    Deus é apresentado como o doador de toda boa dádiva (Tiago 1:17), e os filhos são evidências da bondade e da soberania divina sobre a criação. Eles são parte do plano eterno de Deus para humanidade.
  2. Cultura de Valorização Familiar
    Em Israel, ter filhos era visto como um sinal de favor divino. Na cultura contemporânea, onde muitas vezes a valorização da família é diluída, o ensino deste versículo reforça a importância de ver os filhos como uma bênção, e não como um fardo.
  3. Educação Pactual
    O conceito de que os filhos são uma herança conecta-se ao pacto de Deus com Israel. Pais e mestres são agentes deste pacto, chamados a formar a próxima geração dentro da cosmovisão bíblica.

Referências Complementares:

  • Provérbios 22:6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar…”
  • Deuteronômio 6:6-7: “…ensinarás a teus filhos…”
  • Mateus 19:14: “Deixai os pequeninos e não os impeçais de vir a mim…”
  • Efésios 6:4: “E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”

Salmos 127:4 – Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.

Neste versículo, o salmista usa a metáfora das flechas para ilustrar o papel dos filhos, especialmente aqueles nascidos durante a força da juventude. Eles são descritos como instrumentos nas mãos de um guerreiro, destacando sua utilidade, propósito e poder em cumprir um objetivo específico.

Palavras-chave no Hebraico

1. חִצִּים (chitsim) — “Flechas”

  • Significado: Chitsim refere-se a flechas usadas em batalha, instrumentos direcionados para atingir um alvo. A imagem transmite ideia de precisão e intencionalidade.
  • Aplicação: Assim como as flechas precisam ser moldadas e direcionadas, os filhos necessitam de instrução cuidadosa e orientação. No contexto da Escola Dominical, isso reforça a responsabilidade de guiar os jovens a viverem conforme os propósitos de Deus (cf. Provérbios 22:6).

2. גִּבּוֹר (gibbor) — “Homem poderoso” ou “guerreiro”

  • Significado: Gibbor denota força, habilidade e autoridade. Aqui, a figura do guerreiro destaca a capacidade de liderança e preparação de quem maneja as flechas.
  • Aplicação: Professores e pais são chamados a serem guerreiros espirituais, moldando e lançando os filhos como flechas para glorificar a Deus. Esta palavra ressalta a necessidade de sabedoria e coragem ao formar o caráter das novas gerações (cf. Efésios 6:4).

3. נְעוּרִים (ne’urim) — “Mocidade”

  • Significado: Ne’urim refere-se ao vigor e à energia da juventude. Este termo sugere que há um tempo apropriado para o nascimento e a criação dos filhos, especialmente quando há força e disposição.
  • Aplicação: A mocidade, simbolizada por ne’urim, representa o tempo ideal para investir na educação espiritual e emocional dos filhos. Professores da Escola Dominical podem incentivar os pais a aproveitarem os anos iniciais para moldar os valores e a fé dos filhos.

Aspectos Teológicos

  1. Responsabilidade Direcional:
    Assim como as flechas não atingem o alvo sozinhas, os filhos necessitam de direção. Este versículo ensina que pais e líderes espirituais devem ser intencionais em guiar os filhos na trajetória certa, reconhecendo sua responsabilidade como agentes do Reino de Deus.
  2. Força e Propósito:
    O uso da metáfora do guerreiro demonstra que os filhos são instrumentos valiosos no avanço dos propósitos de Deus na terra. Eles têm um potencial inerente que precisa ser cultivado e direcionado.
  3. Visão Geracional:
    A imagem das flechas aponta para o impacto que os filhos podem ter no futuro, sendo usados para alcançar alvos e propósitos que os pais, sozinhos, não poderiam atingir. Isso destaca a importância de preparar uma geração que continue a obra de Deus.

Referências Complementares:

  • Provérbios 22:6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar…”
  • Efésios 6:4: “E vós, pais… criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”
  • 2 Timóteo 3:15: “E que desde a tua meninice sabes as sagradas letras…”
  • Deuteronômio 6:6-7: “E estas palavras… ensinarás a teus filhos…”

Salmos 127:5 – Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.

Este versículo conclui o raciocínio iniciado nos versos anteriores, destacando a bênção de ter muitos filhos e apresentando o impacto que eles podem ter na vida de uma família e na comunidade. O salmista usa a metáfora de uma aljava cheia e a figura do confronto com inimigos à porta para expressar segurança, honra e estabilidade.

Palavras-chave no Hebraico

1. אַשְׁרֵי (ashrei) — “Bem-aventurado”

  • Significado: Ashrei é uma forma de expressão de felicidade ou bem-aventurança, referindo-se à plenitude e satisfação que vêm de viver em harmonia com os princípios divinos.
  • Aplicação: Este termo reforça que a felicidade verdadeira vem de receber as bênçãos de Deus com gratidão e cumprir os propósitos para os quais elas foram dadas. Professores da Escola Dominical podem destacar que a bem-aventurança não é medida por padrões mundanos, mas pela fidelidade ao plano de Deus (cf. Salmos 1:1-2).

2. אַשְׁפָּה (ashpah) — “Aljava”

  • Significado: Ashpah refere-se à bolsa usada para carregar flechas, indicando um espaço preparado para guardar algo valioso e necessário para a batalha.
  • Aplicação: A aljava cheia simboliza a preparação e o potencial para enfrentar desafios futuros. Isso ensina que os filhos, devidamente preparados, tornam-se recursos poderosos para a defesa e o avanço da família e da fé cristã. Professores podem usar esta imagem para incentivar os pais a investir tempo na formação espiritual dos filhos.

3. שָׁעַר (sha’ar) — “Porta”

  • Significado: Sha’ar denota a entrada de uma cidade, lugar onde decisões legais eram tomadas e disputas eram resolvidas. Era um símbolo de autoridade e representação pública.
  • Aplicação: O fato de os filhos falarem com os inimigos à porta sugere que eles se tornam defensores da família e da justiça em situações públicas. Na aplicação prática, isso incentiva os professores a ajudarem os pais a formar filhos que se tornem representantes confiáveis e íntegros da fé cristã em suas comunidades.

Aspectos Teológicos

  1. Felicidade nas Bênçãos de Deus:
    A palavra ashrei reforça a teologia da bem-aventurança, que ensina que a verdadeira felicidade é encontrada na dependência e obediência a Deus. A família que enxerga os filhos como um dom divino experimenta esta felicidade.
  2. Preparação para o Futuro:
    Assim como uma aljava cheia garante prontidão para a batalha, uma família com filhos preparados e instruídos na Palavra de Deus está melhor equipada para lidar com os desafios espirituais e sociais.
  3. Impacto Geracional e Social:
    A metáfora da porta demonstra que os filhos influenciam o mundo ao redor. Quando instruídos nos caminhos de Deus, eles se tornam pilares da sociedade e defensores da justiça, cumprindo o propósito divino.

Referências Complementares:

  • Deuteronômio 6:6-9: “Estas palavras… ensinarás a teus filhos…”
  • Provérbios 22:6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar…”
  • Efésios 6:4: “…criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”
  • Salmos 1:1-3: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios…”
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Efésios 6:1 – Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

Efésios 6:1 faz parte de uma seção que aborda as responsabilidades nas relações familiares, particularmente no contexto da ética cristã. Paulo exorta os filhos a obedecerem aos pais, mostrando que esta obediência é um reflexo da submissão a Cristo e está em harmonia com os mandamentos de Deus. O apóstolo constrói sua instrução com base no princípio da justiça divina e na ordem moral estabelecida por Deus.

Palavras-chave no Grego

1. Τέκνα (tekna) — “Filhos”

  • Significado: O termo tekna refere-se aos descendentes diretos, mas no contexto de Efésios, enfatiza a relação de cuidado e dependência. Este termo não se limita à infância, mas abrange todos que estão sob a autoridade parental.
  • Aplicação: Este termo destaca que os filhos, em todas as fases da vida, devem honrar e respeitar os pais. Na Escola Dominical, professores podem ensinar que esta relação é fundamental para refletir a ordem divina na família e no Reino de Deus, conforme o mandamento de Êxodo 20:12.

2. Ὑπακούετε (hypakouete) — “Sede obedientes”

  • Significado: Derivado do verbo hypakouo, que significa “ouvir sob” ou “atender com submissão”, a palavra transmite a ideia de uma obediência ativa e voluntária, baseada no respeito e no reconhecimento da autoridade.
  • Aplicação: Esta obediência não é apenas formal, mas deve ser realizada “no Senhor”, ou seja, em conformidade com os preceitos divinos. Professores podem usar esta palavra para destacar que a obediência a pais e líderes é parte de um relacionamento saudável com Deus (cf. Colossenses 3:20).

3. Δίκαιον (dikaion) — “Justo”

  • Significado: Dikaion significa algo que é correto ou conforme os padrões morais de Deus. Indica que a obediência é um princípio divinamente ordenado e universalmente aplicável.
  • Aplicação: Ensinar que a obediência aos pais é dikaion reforça que esta prática não é meramente cultural, mas enraizada na justiça divina. Professores podem destacar que este princípio transcende gerações e culturas, sendo um reflexo do caráter santo de Deus.

Aspectos Teológicos

  1. Autoridade Divina no Contexto Familiar:
    Paulo estabelece que a família é um microcosmo da ordem divina, onde os filhos aprendem sobre submissão, honra e obediência como reflexos do relacionamento do crente com Deus.
  2. Obediência “no Senhor”:
    A frase “no Senhor” limita a obediência a tudo que está em conformidade com os princípios divinos. Isso significa que a obediência aos pais não deve contradizer os mandamentos de Deus.
  3. Justiça como Fundamento Moral:
    A obediência aos pais é apresentada como uma questão de justiça, conectando este princípio à lei de Deus (cf. Deuteronômio 5:16). A família é vista como o lugar primário para a formação moral e espiritual.

Referências Complementares:

  • Êxodo 20:12: “Honra a teu pai e a tua mãe…”
  • Deuteronômio 5:16: “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou…”
  • Colossenses 3:20: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais…”
  • Provérbios 6:20: “Guarda, filho meu, o mandamento de teu pai…”

Efésios 6:2 – “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa.

Este versículo destaca a continuidade entre a Lei do Antigo Testamento e a ética cristã, reafirmando o quinto mandamento como uma instrução permanente para os filhos. Ao citar o mandamento, Paulo conecta a honra aos pais com as promessas de bênção e longevidade, mostrando que o ensino da Lei é relevante e aplicável na nova aliança.

Palavras-chave no Grego

1. Τίμα (tima) — “Honra”

  • Significado: O verbo tima significa “atribuir valor”, “reconhecer dignidade” ou “mostrar respeito”. Este termo implica ações práticas e atitudes de reverência para com os pais, indo além de mera obediência.
  • Aplicação: Honrar os pais inclui respeito, cuidado emocional, provisão material (se necessário) e submissão às suas orientações, desde que estejam alinhadas com os princípios divinos. Professores da Escola Dominical podem ensinar que este princípio é uma expressão de gratidão e reconhecimento pelo papel dos pais na vida dos filhos (cf. Provérbios 23:22).

2. Πρῶτος (protos) — “Primeiro”

  • Significado: Protos significa “primeiro em ordem” ou “primeiro em importância”. Paulo refere-se ao quinto mandamento como o primeiro mandamento que contém uma promessa explícita de bênção.
  • Aplicação: Este termo enfatiza a singularidade do mandamento, destacando que a obediência e a honra aos pais são princípios fundamentais para uma vida abençoada. Professores podem usar protos para destacar a prioridade de aplicar esta instrução em casa, especialmente no discipulado familiar.

3. Ἐπαγγελία (epangelia) — “Promessa”

  • Significado: Epangelia refere-se a um compromisso ou garantia dada por Deus. Neste caso, é a promessa de bem-estar e longevidade para aqueles que honram seus pais.
  • Aplicação: A palavra epangelia destaca que Deus não apenas ordena, mas também recompensa a obediência. Professores podem ensinar que esta promessa é uma demonstração do caráter gracioso de Deus e um incentivo para a obediência filial como um caminho para experimentar Suas bênçãos.

Aspectos Teológicos

  1. Honra como Princípio Teológico:
    Honrar os pais é um reflexo do reconhecimento da autoridade divina. Na cosmovisão bíblica, a família é um reflexo da ordem de Deus, onde os pais representam a liderança e provisão divina.
  2. A Lei na Nova Aliança:
    Ao citar o mandamento do Antigo Testamento, Paulo reafirma que os princípios morais da Lei permanecem relevantes na ética cristã. Isso reforça a continuidade da revelação de Deus entre a velha e a nova aliança.
  3. Promessa Condicional:
    A promessa de longevidade e bem-estar está condicionada à honra filial, mostrando que Deus recompensa atitudes que promovem harmonia familiar e social.

Referências Complementares:

  • Êxodo 20:12: “Honra a teu pai e a tua mãe…”
  • Deuteronômio 5:16: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias…”
  • Provérbios 1:8: “Ouve, filho meu, a instrução de teu pai…”
  • Colossenses 3:20: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais…”
  • Mateus 15:4: “Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe…”

Efésios 6:3 – Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

Neste versículo, Paulo explica a promessa associada ao quinto mandamento: bem-estar e longevidade como recompensas pela honra e obediência aos pais. A conexão com o Antigo Testamento (Êxodo 20:12 e Deuteronômio 5:16) reafirma a importância deste princípio ético, não apenas no contexto israelita, mas também na nova aliança cristã.

Palavras-chave no Grego

1. Γένηται (genētai) — “Te vá bem”

  • Significado: Genētai é um verbo derivado de ginomai, que significa “acontecer”, “vir a ser” ou “estar em boa condição”. No contexto, aponta para prosperidade ou bem-estar em um sentido amplo, tanto material quanto espiritual.
  • Aplicação: Este termo ressalta que a obediência aos princípios divinos gera consequências positivas em todas as áreas da vida. Professores podem usar genētai para ensinar que a fidelidade à Palavra de Deus impacta diretamente a qualidade de vida, tanto na dimensão terrena quanto na espiritual (cf. Provérbios 3:1-2).

2. Μακροχρόνιος (makrochronios) — “Vivas muito tempo”

  • Significado: Makrochronios combina makros (“longo”) e chronos (“tempo”), indicando longevidade ou vida prolongada. Este termo não implica apenas duração, mas também qualidade de vida.
  • Aplicação: A promessa de vida longa é tanto literal quanto simbólica, apontando para uma existência abençoada, harmoniosa e significativa. Professores podem explorar makrochronios para ensinar que a obediência a Deus cria uma base para uma vida bem-sucedida e significativa, refletindo os valores do Reino de Deus (cf. Salmos 91:16).

3. Γῆ () — “Terra”

  • Significado: refere-se à terra física, geralmente conectada ao lugar onde Deus estabeleceu Seu povo. Aqui, aplica-se ao local de habitação, indicando o espaço onde a promessa de Deus é cumprida.
  • Aplicação: Este termo ensina que as bênçãos de Deus são experimentadas em contextos reais e tangíveis. Professores podem usar para enfatizar que as promessas divinas incluem provisão e proteção no dia a dia, enquanto apontam para a plenitude da vida no Reino vindouro (cf. Mateus 5:5).

Aspectos Teológicos

  1. Bênçãos Condicionais:
    O versículo reforça que o bem-estar e a longevidade são bênçãos condicionadas à obediência a Deus. Este princípio reflete a justiça divina: Deus honra aqueles que O honram em suas relações familiares.
  2. Promessas Terrenas e Eternas:
    Embora a promessa seja aplicada a esta vida, ela também aponta para um sentido espiritual e escatológico. A vida longa pode ser vista como símbolo da eternidade que Deus promete aos que vivem em obediência.
  3. Aplicação Universal:
    A promessa, originalmente feita a Israel, é universalizada em Cristo, mostrando que os princípios de Deus transcendem culturas e nações.

Referências Complementares:

  • Deuteronômio 5:16: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias…”
  • Provérbios 3:1-2: “Filho meu, não te esqueças da minha lei… porque te aumentarão os dias e te acrescentarão anos de vida e paz.”
  • Salmos 91:16: “Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação.”
  • Mateus 5:5: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.”

Efésios 6:4 – E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

Neste versículo, Paulo direciona sua exortação aos pais, com foco na responsabilidade de educar os filhos de maneira que reflita o caráter de Deus. Ele contrapõe duas ações: evitar provocar a ira dos filhos e cultivá-los na disciplina e instrução do Senhor. O apóstolo apresenta um modelo de educação centrado em valores espirituais, com foco na formação do caráter e da fé cristã.

Palavras-chave no Grego

1. Πατέρες (pateres) — “Pais”

  • Significado: Pateres refere-se, literalmente, aos pais, mas pode incluir figuras de autoridade responsáveis pela criação de filhos. A ênfase está na liderança amorosa e responsável.
  • Aplicação: Este termo ensina que a autoridade parental deve refletir a paternidade de Deus, que é caracterizada por amor, cuidado e justiça. Professores podem destacar que os pais têm o papel de representar Deus na criação de seus filhos, sendo exemplos de caráter cristão (cf. Salmos 103:13).

2. Παροργίζετε (parorgizete) — “Provoqueis à ira”

  • Significado: Derivado de parorgizo, que significa “irritar”, “provocar” ou “causar ressentimento”. Refere-se a comportamentos excessivos ou injustos que geram frustração nos filhos.
  • Aplicação: A exortação para não provocar a ira ensina que os pais devem evitar práticas abusivas, favoritismo ou exigências irrealistas. Professores da Escola Dominical podem usar parorgizete para encorajar pais a corrigirem com amor, sem desestimularem os filhos, conduzindo-os a Cristo (cf. Colossenses 3:21).

3. Νουθεσία (nouthesia) — “Admoestação”

  • Significado: Nouthesia combina nous (mente) e tithemi (colocar), significando “instrução para corrigir” ou “orientação corretiva”. Enfatiza um ensino que transforma a mente e o coração.
  • Aplicação: Este termo destaca que a educação cristã vai além de regras; envolve moldar a mente e o caráter dos filhos conforme os valores de Cristo. Professores podem usar nouthesia para instruir pais a priorizarem o ensino bíblico como ferramenta para formar discípulos do Senhor (cf. 2 Timóteo 3:16).

Aspectos Teológicos

  1. Autoridade Parental Sob Cristo:
    Os pais são exortados a exercerem sua autoridade de maneira que reflita a graça e a bondade de Deus. A liderança espiritual é marcada pelo equilíbrio entre disciplina e encorajamento.
  2. Educação Cristocêntrica:
    A frase “no Senhor” ressalta que a criação dos filhos deve ser fundamentada nos ensinamentos de Cristo. A instrução espiritual é essencial para formar filhos que conhecem e seguem a Deus.
  3. Evitar o Abuso de Autoridade:
    A proibição de provocar à ira demonstra que a liderança deve ser exercida com sabedoria e empatia, evitando práticas que alienem ou afastem os filhos da fé.

Referências Complementares:

  • Colossenses 3:21: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.”
  • Deuteronômio 6:6-7: “E estas palavras… ensinarás a teus filhos…”
  • Provérbios 22:6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar…”
  • Hebreus 12:6: “Porque o Senhor corrige o que ama…”
  • 2 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar…”

Este versículo reforça que a paternidade cristã é uma missão divina, que exige paciência, sabedoria e dedicação. Ao criar os filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”, os pais não apenas cumprem sua responsabilidade, mas também discipulam uma geração para o Reino de Deus.



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Silvio Costa

Evangelista (COMADEESO / CGADB), Articulista, Conferencista, Escritor, Conteudista (ESTEMAD), Professor de Teologia (SEET / FATEG) e Gestor Hoteleiro por Profissão
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