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Professor da EBD: 7 Sinais Que Revelam Decadência

A Todo Professor da EBD

Um alerta sutil, espiritual e necessário para quem ensina a Palavra de Deus.

A Escola Bíblica Dominical é um dos últimos bastiões do ensino sistemático da Palavra de Deus na igreja evangélica. Nela, os crentes aprendem doutrinas, são edificados e formam uma base bíblica sólida para enfrentar o mundo.

Mas nem tudo são flores. Há uma realidade sombria — que poucos admitem — de professores que estão morrendo espiritualmente enquanto ensinam a outros como viver. São como lanternas que iluminam o caminho dos outros, mas permanecem queimadas por dentro. Um tipo de suicídio ministerial lento, progressivo e silencioso.

Este artigo apresenta sete sinais ou passos desse processo de autodestruição. Não como manual para ser seguido, mas como um espelho para ser encarado.

1. Pare de orar. Afinal, você é autossuficiente.

O abandono da oração é o primeiro e mais trágico passo rumo à falência ministerial. Quando o professor deixa de buscar a face de Deus, ele passa a confiar em si mesmo.

A oração não é só um ritual devocional — ela é a conexão direta com a Fonte da revelação. Sem oração, o professor se torna técnico, frio, previsível.

Muitos começaram orando fervorosamente pelas aulas. Hoje, oram apenas ao chegar igreja, com a revista em mãos e o coração distante.

Jesus, o Mestre dos mestres, nunca ministrou sem antes orar. Ele passava madrugadas em oração antes de ensinar ao povo. Um professor que não ora está dizendo com seus atos: “Deus, não preciso da Tua ajuda.” Isso é suicídio em forma de autossuficiência.

2. Nunca estude a fundo. Use só o que está na revista.

A segunda lâmina do corte mortal é a preguiça intelectual. A revista é excelente, mas ela é um guia, não um substituto da Bíblia. Muitos se acostumaram a preparar aulas em 20 minutos — folheiam a revista, copiam os tópicos e leem os versículos destacados. Isso não é preparação, é um ritual vazio.

Estudar a fundo exige tempo, disciplina, esforço e paixão. A Bíblia não se entrega a preguiçosos.

Em Atos 17:11, os bereanos foram chamados de “mais nobres” porque examinavam diariamente as Escrituras. Ser nobre hoje é raro. O professor que repete lições sem meditar está alimentando seus alunos com comida requentada — e comida velha contamina.

Mais grave ainda: o Espírito Santo ilumina a mente daquele que estuda a Palavra com seriedade. Quem não estuda a fundo, fecha-se para esse ministério iluminador do Espírito.

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3. Evite o relacionamento com os alunos. Distância é sinal de autoridade.

O terceiro passo para o colapso é tornar-se um professor de púlpito, e não de sala. Ele ensina, mas não caminha com os alunos. Ele fala, mas não ouve. Conhece nomes, mas não conhece histórias.

Relacionamento é discipulado. Discipulado é presença. E presença exige envolvimento.

O ensino de Jesus era relacional. Ele comia com os discípulos, andava com eles, conhecia suas dores e repreendia com amor. O professor que não se importa com os alunos jamais ensinará de forma transformadora.

Muitos desistem da EBD não por causa do conteúdo, mas pela ausência de conexão. Um professor frio gera uma sala gelada.

Reflita: Você saberia dizer hoje qual aluno da sua classe está enfrentando uma crise familiar? Um desemprego? Uma dúvida espiritual profunda? Se a resposta é não, talvez seu ensino esteja “correto”, mas não “pastoral”.

4. Nunca se renove. Use os mesmos exemplos de 2004.

A estagnação é o quarto passo. O professor começa bem, mas depois estaciona. Usa os mesmos métodos, os mesmos exemplos, os mesmos testemunhos. Ele transforma a aula numa fita cassete repetida semanalmente.

O mundo mudou. A linguagem mudou. A juventude mudou. Mas ele continua com o mesmo quadro branco, os mesmos grifos, o mesmo jeito de ensinar. A aula perde cor, o conteúdo perde força, a turma perde o interesse.

O Evangelho não muda, mas a forma de transmiti-lo deve ser contextual. Paulo usava a cultura grega em Atenas para apresentar a Cristo. Um professor que se recusa a se renovar está dizendo: “Prefiro perder os alunos a mudar minha forma.”

Isso é orgulho camuflado de fidelidade. E o orgulho endurece, isola e… mata.

5. Torne-se um fiscal da ortodoxia com espírito de xerife.

Aqui começa o veneno sutil da arrogância doutrinária. O professor suicida acredita que está acima de todos: ninguém entende melhor do que ele, ninguém pode discordar, ninguém pode perguntar o que não está no script.

Ele se torna um juiz — e não um servo.

Qualquer opinião contrária é vista como rebeldia. Qualquer dúvida é vista como ignorância. Ele esquece que ensinar é conduzir ao entendimento — não esmagar com erudição.

Paulo escreveu a Timóteo: “Aprova-te a Deus como obreiro que maneja bem a Palavra da verdade” (2Tm 2:15). Manejar bem inclui usar com graça, misericórdia, humildade e sabedoria.

Um professor que envergonha um aluno por ter dúvida, destrói mais que ensina. Ele pode até estar certo, mas não edifica. E, no final, está certo… sozinho.

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6. Ignore o poder do Espírito Santo. Controle tudo com régua e relógio.

O sexto passo para a tragédia espiritual é transformar a EBD em um programa seco, intelectualizado e sem espaço para o mover de Deus.

Há professores que têm medo do sobrenatural. Acham que “oração em sala” é exagero. Que choro e quebrantamento devem ficar para o culto noturno.

Resultado? As aulas viram conferências acadêmicas. Sem vida. Sem resposta. Sem frutos.

O Espírito Santo é o verdadeiro Mestre. Jesus disse: “Ele vos ensinará todas as coisas” (Jo 14:26). Ignorá-lo é como tentar pilotar um avião desligado.

O ensino deve ser teológico, mas também espiritual. A Bíblia é a espada do Espírito. Ele é quem aplica, convence, confronta, consola. Uma aula sem Ele é só um discurso.

7. Quando sentir que está tudo desmoronando… continue fingindo.

Este é o passo final. O mais triste. O mais perigoso.

Aqui o professor já sabe que algo está errado. Ele sente que a alma está seca, que a aula não alcança, que os alunos estão distantes. Mas continua sorrindo, postando fotos no grupo, e fingindo que tudo vai bem.

Ele morre por dentro, mas continua ensaiando sorrisos por fora.

Em Apocalipse 3:1, Jesus diz à igreja de Sardes: “Tens nome de que vives, mas estás morto.” Muitos professores têm “fama” de mestres, mas não têm mais vida. Vivem de passado. Sobrevivem de elogios antigos. Mas o altar está em ruínas.

A máscara da competência esconde um abismo de dor. Mas Jesus vê. E chama pelo nome. Ele não despreza professores cansados, mas abomina os que se fingem vivos enquanto apodrecem no orgulho.

Deus Ainda Ressuscita Professores Mortos

E se você chegou até aqui e se identificou com um, dois ou todos esses passos… não pense que tudo está perdido.

Jesus ainda ressuscita mortos! Ele é especialista em dar nova vida a quem já perdeu a vontade de ensinar.

Como recomeçar?

  • Volte ao secreto: Abra a Bíblia como quem nunca leu antes. Ore sem pressa. Confesse. Chore. Comece de novo.
  • Busque formação: Faça cursos, leia livros, participe de workshops. Aprenda com outros. Seja aluno de novo.
  • Seja humilde: Converse com o superintendente. Admita que precisa de ajuda. Isso é força, não fraqueza.
  • Peça o renovo do Espírito: Não apenas entenda o Espírito Santo — seja cheio Dele.
  • Reconecte-se com seus alunos: Ouça. Acolha. Caminhe junto. Seja mais que professor. Seja discipulador.

Uma Escolha Entre a Morte e a Vida

A EBD precisa de professores vivos, não de sobreviventes. De mestres apaixonados, não de técnicos frios. De homens e mulheres que choram aos pés da Palavra antes de falarem sobre ela.

O suicídio espiritual começa em silêncio. Um pequeno desvio. Um hábito deixado de lado. Um zelo perdido. E, quando menos se percebe, o professor já está na cova da religiosidade.

Mas há um túmulo vazio que ainda grita: “Eu sou a ressurreição e a vida!”

Se esse artigo foi um espelho — que seja também um altar. E se for um alerta — que também seja um sopro de vida.

Professor, está vivo ou só ensinando com aparência de vida? Hoje, ainda é tempo de viver outra vez!

Foto de Silvio Costa

Silvio Costa

Evangelista (COMADEESO / CGADB), Articulista, Conferencista, Escritor, Conteudista (ESTEMAD), Professor de Teologia (SEET / FATEG) e Gestor Hoteleiro por Profissão
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