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Cura Divina: 6 Razões Bíblicas do Porque Cremos

A Teologia da Cura Divina é um dos fundamentos da fé cristã, especialmente valorizada na tradição pentecostal, que crê no poder de Deus para curar física, emocional e espiritualmente. A cura é considerada um dos aspectos da redenção de Cristo, sendo uma manifestação concreta do Seu amor e poder em nossas vidas. Neste estudo, examinaremos as bases bíblicas, promessas e a atualidade da cura divina, analisando como a Palavra de Deus nos instrui a crer, pedir e experimentar a cura divina.

1. A Cura Divina como Parte da Redenção em Cristo

A teologia pentecostal ensina que a cura divina está incluída na obra redentora de Cristo na cruz. O profeta Isaías escreveu sobre o sofrimento do Messias, que levaria sobre Si não apenas nossos pecados, mas também nossas enfermidades:

“Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido” (Isaías 53:4-5).

O termo hebraico usado para “enfermidades” aqui é “חֳלָיֵנוּ” (kholayenu), que significa “doenças” ou “enfermidades”. Este versículo é crucial para a teologia da cura divina, pois mostra que o sofrimento físico e espiritual foi incluído no sacrifício expiatório de Cristo. Mateus reafirma essa verdade em seu Evangelho, ao explicar que Jesus curava para cumprir essa promessa:

“E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças” (Mateus 8:16-17).

Esta passagem sublinha que o ministério de cura de Jesus foi uma extensão de Sua missão redentora, reafirmando que, ao aceitarmos a redenção, podemos confiar em Sua promessa de cura.

2. Promessas de Cura Divina no Antigo e Novo Testamento

Deus sempre se revelou como o “Senhor que cura” (YHWH-Rapha). No Antigo Testamento, encontramos várias promessas de cura divina como bênção para aqueles que permanecem em aliança com Deus. Em Êxodo 15:26, Ele declara:

“Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara.”

No Novo Testamento, a cura continua a ser um sinal do poder de Deus, agora manifestado na vida e no ministério de Jesus e de Seus apóstolos. Um exemplo clássico é a passagem em Tiago, onde Tiago orienta que aqueles que estão enfermos busquem a oração de fé:

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tiago 5:14-15).

Essa passagem é uma instrução prática para os crentes, mostrando que a cura está disponível e que o corpo de Cristo, a Igreja, é chamado a ministrar a cura.

3. A Cura Divina no Ministério de Jesus e dos Apóstolos

O ministério de cura de Jesus foi uma das evidências mais marcantes de que o Reino de Deus havia chegado à terra. Ele curava todo tipo de doença e libertava os oprimidos pelo diabo, como vemos em Atos:

“A respeito de Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10:38).

Ao capacitar Seus discípulos, Jesus também deu-lhes autoridade para curar os enfermos. Quando enviou os doze apóstolos, Ele os instruiu:

“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8).

Os apóstolos continuaram este ministério após a ascensão de Jesus, mostrando que a cura não era apenas uma manifestação temporária, mas uma expressão do poder de Deus, ativa na Igreja. A cura do paralítico por Pedro e João em Atos 3:6-8 confirma a continuidade desse ministério:

“E Pedro disse: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda.”

4. A Cura Divina Hoje: Atualidade e Fé Pentecostal

A doutrina pentecostal ensina que os dons espirituais, incluindo a cura, são para a Igreja de todas as épocas. A base para essa crença está em passagens como Hebreus 13:8:

“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.”

Essa verdade afirma que o poder de cura de Jesus não se limitou ao passado. Muitos pentecostais experimentam a cura divina como uma bênção atual e tangível, recebida por meio da fé. Essa fé se baseia nas promessas de Deus e na obra redentora de Cristo, e é uma expressão de confiança na vontade soberana de Deus.

Paulo, escrevendo aos coríntios, afirma que os dons espirituais, como o dom de curar, são parte do plano de Deus para edificação da Igreja:

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. […] E a um é dada, pelo Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; […] e a outro, dons de curar” (1 Coríntios 12:4,8-9).

5. A Natureza da Cura Divina e a Soberania de Deus

Embora a cura divina seja uma promessa e uma possibilidade, o Pentecostalismo reconhece que Deus é soberano, e a Sua vontade é suprema. Nem todos que oram por cura recebem imediatamente ou da forma que esperavam. A história de Paulo e o “espinho na carne” (2 Coríntios 12:7-10) ensina que a resposta de Deus pode, em alguns casos, ser um chamado para experimentar a Sua graça em meio à fraqueza. Deus respondeu a Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9).

Essa passagem ensina que, mesmo quando a cura não ocorre de forma física, Deus fortalece Seus filhos, dando-lhes uma nova perspectiva e Sua graça para enfrentar as circunstâncias.

6. Cura Divina e Missão da Igreja

A cura divina também serve ao propósito de glorificar a Deus e testemunhar do poder do Evangelho. Marcos 16:17-18 traz a promessa de que “estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.” A Igreja é chamada a exercer fé, a confiar e a orar pela cura, testemunhando que Deus ainda opera de forma poderosa.

Conclusão

A teologia da cura divina é fundamentada na Bíblia e manifesta o amor e o poder de Deus na redenção completa do ser humano. Desde a promessa em Isaías, passando pelo ministério de Jesus e dos apóstolos, até a atualidade, a cura é um dom que Deus oferece ao Seu povo. Esta bênção permanece atual, pois Jesus é o mesmo em todos os tempos, e Seus dons, como o dom de curar, são parte da missão da Igreja até o fim dos tempos.

Nossa confiança está em um Deus que cura, seja de forma imediata, progressiva ou completa, no momento da redenção final. A cura divina é, portanto, uma esperança, uma promessa e um convite a uma fé viva em um Deus que continua a operar milagres em nosso meio.


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Leia também: A cura divina e o Deus que nos sara

Foto de Silvio Costa

Silvio Costa

Evangelista (COMADEESO / CGADB), Articulista, Conferencista, Escritor, Conteudista (ESTEMAD), Professor de Teologia (SEET / FATEG) e Gestor Hoteleiro por Profissão
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